6 de julho de 2009

A do cabeleireiro

Dia desses me submeti a um procedimento chatíssimo no cabeleireiro e - que maravilha - esqueci de levar um livro. Depois de o cabeleireiro insistir várias vezes, acabei aceitando "uma revista", rezando para que fosse pelo menos uma Veja (pra vocês verem até que ponto eu cheguei). Veio uma QUEM - uma não, duas - e eu ainda tinha umas 2 horas pra me divertir com elas. Resolvi folhear leeentamente.

Comecei a dar risada com as fotos e suas respectivas legendas:

- Claudia Gimenez toma caipirinha.
Foto da mulher feliz e contente com o copo na mão.

- Bruno Gagliasso e sua inseparável boina.
Foto do cara com sua boina.

- Fernanda Lima passeia com os gêmeos.
Foto da mulher com seus filhos na praia.

E tudo seguia mais ou menos dessa forma: foto besta, legenda idiota. É claro que os artistas não têm culpa nenhuma, estão ali levando suas vidinhas como eu e vocês (só que com mais dinheiro). Mas e daí que a Claudia Gimezes toma caipirinha, que o Bruno Gagliasso usa boina e a Fernanda Lima passeia com os filhos? O que tem de interessante nisso tudo?

O melhor mesmo veio na entrevista com o tremendão. Erasmo Carlos dizia que ainda é namorador, que tinha um quarto de motel dentro de casa, que nunca tomou viagra mas que tomaria se necessário, que fazia surubas quando estava na Jovem Guarda, entre outras preciosidades. Ah sim, a entrevista tinha o pretexto de falar sobre o novo disco dele, que está mais "roqueiro".

Em uma parte da entrevista a repórter perguntou se ele era machista. Ele respondeu que a geração dele foi criada assim, que homem tinha que ser macho, não podia chorar, etc. Fiquei pensando quantos "tremendões" ainda temos por aí, quantos homens de 45 a 50 anos não são machistas com essa mesma desculpa: "isso vem criação". É verdade que cada um é do jeito que foi criado? Ou a pessoa é criada de um jeito e "aceita", digamos assim, aquilo que mais acha correto? A criação de toda uma geração é pretexto para machismo? A geração atual ainda é criada como o Erasmo Carlos?

Enquanto as perguntas pairavam sobre minha cabeça, o cabeleireiro me chamava para lavar o cabelo. Fechei a revista e fui, esperando que a lavagem fosse a mais profunda possível e que eu esquecesse de tudo o que li naquelas 2 horas.

4 comentários:

Nuno de Andrade disse...

Adorei

Thais disse...

A mais profunda possível, linkado ainda, ficou so sexy.

Maddyrain disse...

Ah, meu amor, se você nunca foi pra Nova York, não sabe o que está perdendo! Aliás, preciso ser entrevistada novamente para contar mais coisas sobre Nova York. Nova York é um país de primeira linha, mel béin! Lá, você não é obrigada a ler esse tipo de revista que você andou lendo no salão! Lá é tudo em inglês, mel béin! Muito chique!

Você lava, corta e passa o cabelo e vai lendo revistas EM INGLÊS!! Não tem essas coisas de Caras... Contigo! Lá é Faces... With You... Só coisa de primeiro mundo!

Um beijo,
Maddyrain

Anônimo disse...

sobre o post da feiura ai vc deveria se olhar no espelho merda pra falar dos outros cuidado que seu filho pode nascer feio pois saiba que aparencia envelhece com tempo mas um bom carater dura muito idiota